Tratamentos

Não existe uma cura definitiva para a psoríase, mas sim um conjunto variado de tratamentos, cujo uso isolado ou conjugado permite controlar os sintomas na maioria dos casos.

Cada doente tem a sua especificidade, pelo que estas terapêuticas devem ser usadas criteriosamente, de acordo com as indicações adequadas para cada caso e respetiva fase de evolução, e com respeito pelas regras de segurança, para evitar eventuais efeitos secundários ou agravamento da própria doença.
Os tratamentos para a psoríase podem remover temporariamente as lesões e proporcionar uma grande melhoria. Atuam na inflamação, reduzindo-a e diminuindo a proliferação de células na camada superficial da pele (queratinócitos). O tipo de tratamento depende da gravidade da doença, do estilo de vida da pessoa, das doenças que ela tem, da idade e das preferências.
De referir que a psoríase continua a ser uma doença que está subvalorizada, subdiagnosticada e subtratada. É, pois, necessário rastrear melhor e tratar a doença de forma pró-ativa e mais precocemente. No entanto, existem já estratégias terapêuticas que atuam em níveis mais precoces do processo imunológico inflamatório que depois culmina na desregulação das células da pele dando origem à psoríase.
A evolução tem sido muito grande, e basta recordar que os primeiros tratamentos eram tópicos e combatiam apenas a inflamação das células da pele que descamavam em excesso. Atualmente, estamos a atuar a níveis cada vez mais precoces e precisos, na esperança de um dia conseguirmos atuar nos próprios genes que estão alterados.

Tratamento Tópico

Aplicação de loções, cremes ou pomadas sobre a pele

• Emolientes e queratolíticos: O seu uso regular é importante para o controlo da descamação, constituindo um importante complemento para os restantes tratamentos.
• Corticosteroides tópicos: Muito eficazes no controlo das lesões. Existem com diferentes níveis de potência, adequados para diferentes situações e áreas do corpo. Para evitar efeitos secundários não devem ser usados de forma continuada.
• Análogos da vitamina D: Interferem no ciclo de renovação celular, controlando a descamação.
• Outros: Alcatrão, ditranol.

Fototerapia

Exposição da pele a fontes artificiais de luz ultravioleta (UV)

A fototerapia é usada em sessões regulares com doses de UV adequadas a cada doente e durante períodos predeterminados. Na fototerapia UVB é usado o espectro de radiação UVB e na PUVA é necessária a aplicação local ou por via sistémica de um agente sensibilizante à luz UVA (psoraleno).
A helioterapia (exposição ao sol) é sem dúvida o meio de tratamento mais barato e acessível. A exposição à luz solar (espectro ultravioleta) induz uma melhoria na maioria dos casos. Contudo, esta deverá ser feita com moderação, uma vez que as queimaduras solares agravam a psoríase. De referir que a psoríase continua a ser uma doença que está subvalorizada, subdiagnosticada e subtratada. É, pois, necessário rastrear melhor e tratar a doença de forma pró-ativa e mais precocemente.

Medicamentos Sistémicos

Usados nos casos mais graves ou resistentes ao tratamento, estes medicamentos implicam um acompanhamento médico minucioso.

Tratamentos sistémicos são aqueles que são administrados por via oral na forma de comprimidos ou xaropes, ou aqueles que são injetados sob a pele (por via subcutânea), no músculo (por via intramuscular) ou nas veias (por via intravenosa). Estes tratamentos são indicados para o controle da psoríase moderada e intensa. Todos eles podem produzir efeitos colaterais e é necessária experiência para seu manejo, portanto, o seu uso deve ser realizado sob controle estrito do dermatologista. Os tratamentos sistémicos podem ser classificados em clássico ou tradicional e inovador ou biológico.

Medicamentos Biotecnológicos

Medicamentos inovadores normalmente chamados de Biológicos

Nos últimos anos, decorrente dos avanços no conhecimento acerca dos mecanismos fisiopatológicos da psoríase, foram desenvolvidas novas terapêuticas denominadas de agentes biológicos. São imunomoduladores, cujo mecanismo de atuação consiste em inibir a ação de substâncias envolvidas no processo inflamatório e que mostraram ser mais eficazes e seguras do que terapêuticas sistémicas convencionais, além de permitirem tratamentos a longo prazo e não terem interações medicamentosas.

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